quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Eutanásia-perspectivas

O doente:
As pessoas com doença crónica e incurável em estado terminal tem momentos de desespero, de sofrimento físico e psiquico muito intenso.
Os doentes que estão realmente cansados de viver, que não aguentam, mais sentirem-se "um fardo", apenas acompanhados por sofrimento de ordem física,psiquica ou social.
Quando a morte parece ser a única saída que o doente dislumbra dever-se-á informar o doente dos efeitos, riscos, dos sentimentos, das reacções que a eutanásia comporta, da forma como é ou vai ser praticada. Só assim o doente poderá decidir e ter a certeza que, essa é a melhor opção.


Família e sociedade:
A família, grupo elementar que é para cada indivíduo e para a sociedade, quando confrontado com a morte reage na sua especificidade  que a caracteriza, quando o confrontam é com as diferentes situações que podem levar um ser humano a lutar pelo direito a morrer, essas especificidades não desaparecem.
Num país como Portugal em que a morte tem perdido visibilidade, é excluida de práticas antigas, os familiares são afastados, as crianças não sabem o que é os processos de luto, são cada vez menos vividos e morre-se mais nos hospitais, no lar ou em casa dependente nos cuidados.


Optica da enfermagem:
As necessidades de um doente em estado terminal, que muitas vezes pela sociedade aumentam as exigências no que respeita a cuidados de conforto que promovam a qualidade de vida física, intelectual e emocional sem descorar a vertente familiar e social.
Apesar desta consciência, lidar com situações limite, potencia o afastamento motivado por sentimentos de impotência perante a realidade. Este contexto agrava-se se o profissional de saúde (cuidador) for confrontado com uma vontade de o doente querer interromper a sua vida.

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